sexta-feira, outubro 29, 2010

Hora

Pode não ser a mais apropriada.
A mais pedida.
A correta.
Mas será que toda essa combinação existe?
Ou, será convenção de uma sociedade hipócrita?
Não quero saber.
Não quero ter hora.
Quero ter a emoção.
A liberdade.
O vento na cara.
O gozo do prazer.

Medo

E ele vem.
Invade a cabeça.
A alma.
O coração.
Não dá licença.
Entra e quebra tudo.
Perde a magia.
Deixa as coisas frias.
Mas, desculpe-me.
É o medo.
De ter e perder.
De amar e ser odiado.
De ser feliz e depois sofrer.
É ele.
Ele não dá trégua.
Como queria o calor da emoção.
A falta de razão da paixão.
E a cegueira do amor.
Mas não dá.
Ele não deixa.

Um aperto no peito.
Um nó na garganta.
Uma lágrima que não cai.
Um sorriso meia boca.
Uma vontade de sair correndo.
Enfim, vontade de voltar a ser o que era.
Pra quem sabe entender o que sou.

Estar

É:
Um estar por estar.
Um ver por ver.
Um falar por falar.
Um ouvir por ouvir.
Um tocar por tocar.
Mas uma coisa é certa.
Precisa de:
Estar.
Ver.
Falar.
Ouvir.
E por fim tocar.
E assim acaba mais um encontro.
Simples.
Cheio.
E necessário.