terça-feira, junho 29, 2010

Tempo

Incrível como o tempo trás saudade, e mais incrível ainda é como o distanciamento faz com que as coisas quando se tornam próximas novamente se tornam diferentes. Em algumas relações o reencontro é a chama, em outras simplesmente é a sinalização de que nada era como se imaginava. É como se não tivesse mais sentido, como se nunca tivesse acontecido nada. E, por incrível que pareça, dessa vez o distanciamento carnal não durou mais que dez dias e a sensação foi que durou séculos e a união foi sem sentido. Entretanto, uma mensagem no celular, sem aproximação carnal nenhuma fez renascer uma chama incrivelmente pra lá de viva, gostosa, intrigante. Uma vontade de estar junto, de ver de novo, de viver de novo e de fazer o proibido, que quando pôde acontecer me escondi. 

Ah, que tempo ingrato!
Que tempo veloz...
Separações estranhas!
Que vontade de voltar...
Que tempo imediato...
Amor veloz...
Emoções náufragas!
Saudade e amor a findar.

Comemoração

Vamos celebrar e agradecer o que temos, foi o que aprendi! E assim será! Quem foi, foi por vários motivos, quem não foi, não foi porque é trouxa, melhor pensar assim. Senão eu sofreria por "n" ausências, e esqueceria de celebrar com quem estava lá. Chateada com as ausências eu estou demais, se vou perdoá-las, eu ainda não sei. Mas agradeço de coração à todos que compareceram e fizeram da minha alegria a deles! Foi um momento muito alegre, descontraído e com muita cumplicidade. Enfim, foi perfeito!!!! Muito melhor do que eu esperava!!! Valeu demais! Amo vocês mais que tudo nessa vida! Rs.

sexta-feira, junho 25, 2010

Energia

Hoje fui tomada por uma energia, por uma vitalidade que a tempos não sentia. Foi uma sensação muito boa, foi não, está sendo, pois ainda estou enfeitiçada por ela. Como é bom sentir-me como se fosse nos velhos tempos, força, garra e coragem pra tocar o dia, pra viver a vida. O dia foi corrido, problemas, melhor, desafios foram enfrentados, com sabedoria e sem tirar o riso do rosto. Depois uma longa viagem, uma conversa e compras. Bom, esse último é o melhor, adoro comprar!!! Mas, quem não gosta? Conversa, terapêutica e amiga. Ah, como é bom ter amigos, compartilhar pequenas coisas, ver como uns são tão parecidos com a gente, trocar confidências, às vezes sérias, por outras superfúlas. Bom, encerrou-se o dia, isso tudo já foi ontem. Mas que seja presente no dia de hoje e futuro no amanhã, muita energia pra viver a jornada da vida.

quinta-feira, junho 24, 2010

Maldito sentimento

"Maldito é este sentimento:

Você não fica em meus braços,
mas não me sai do pensamento." Eddie (http://www.deveriasersilencio.blogspot.com/)


"Se eu pudesse dizer
O que nunca te direi,
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei". Fernando Pessoa

quarta-feira, junho 23, 2010

Aniversário

Quanta ligação, quanto scrap, quanta mensagem e quanta visita, e no dia e no dia seguinte também! Muito bom isso. É muito bom saber que as pessoas se lembram da gente, seja por um lembrete da agenda do celular, do orkut, do facebook, do blogger, ou seja lá qual for, mas sinal que um dia foi importante colocar ali aquela anotação. Bom demais ter vocês comigo!!!

domingo, junho 20, 2010

Eu e eu buscando o Ponto de Equilíbrio

Nem bom e nem ruim. Não sei porque, não foi como os outros. Nem muita atenção eu dei. Para ir, confusão, para voltar confusão. Ver o show, deu pra ver. Mas, sem empolgação, sem a energia de sempre. O que será que aconteceu? Ixi, mais perguntas! Amigas, se não tiverem gostado me perdoem, mas adorei ter vocês ao meu lado.

sábado, junho 19, 2010

By Renata Feldman: http://renatafeldman.blogspot.com/2010/06/pedido.html

SEXTA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2010 18:44

Pedido

Sua criança interior está pedindo riso,
pipoca, sorvete e carrossel.
Está pedindo calma, poesia, barcos de papel.
Sua criança interior está chorando
pelo pai que partiu tão cedo.
Pela mãe que não borda mais.
Pela infância que parou no tempo.
Sua criança está pedindo colo,
abraço, pastéis de vento.
Está pedindo leite, cobertor, histórias pra dormir.
Dá atenção pra criança que está aí chorando.
Ela precisa do seu amor para crescer.

quinta-feira, junho 17, 2010

Decisões

Como são difíceis de serem tomadas, mas a todo momento a vida cobra isso. Não tenho sabido exatamente como fazer para tomar as decisões, mas tenho tomado-as. Será que são as certas, as erradas? Não sei, não tenho achado resposta. Mas tenho pensado muito para decidir-me em alguns momentos e bem pouco para outros... O que deve ser recomendado? Bom, tenho umas 4 decisões para tomar e estou enrolando. Não consigo achar em mim mesma a melhor saída. Será que vou achar?

quarta-feira, junho 16, 2010

Regime Militar

Era assim: chegar da escola, tirar o uniforme, pendurar atrás da porta, junto com o tênis, tudo em seu devido lugar e com suas etiquetas. Lanchar, fazer o dever, conferir se todo o material voltou para casa, ver TV e dormir. Assim era a rotina pós-aula. E olha que minhas coleguinhas de escola deliravam com isso, todas queriam ir pra minha casa depois da aula. Que coisa, né? Pra mim era tão chato, elas que não tinham ficavam querendo. Hoje, entendo, que todo o regime da minha mãe foi pra ensinar que a vida é uma rotina, mas que ela pode ser divertida. Nosso material escolar, nosso uniforme, era tudo etiquetado, encapado, conferido, nada fugia ao controle, será por quê? Será que éramos crianças desorganizadas ou éramos crianças aprendendo o que é ser organizadas? Só sei que minhas coleguinhas, hoje minhas amigas, deliravam com essa organização, esse regime e faziam de tudo pra viver na minha casa, dormir lá e assim por diante. E assim era a vida na minha casa, muita gente o tempo todo dentro de casa, e hoje, longe da minha casa e com uma casa vazia, e um coração em pedaços, que triste ou que surpresa é essa do destino?! Sobram-me perguntas e faltam-me respostas.

Pessoas

Por que é tão difícil entender as pessoas? Umas acordam num mal-humor do cão. Outras tratam a gente como se fôssemos cachorros. As que te tratam mal, querem que você seja cordeirinho imolado. Umas querem que contemos tudo, mas exatamente tudo para elas. Entretanto, ninguém sabe do fato e mesmo assim ela se acha no direito de saber. Ué, e a gente não pode pedir nada delas em troca porque elas simplesmente se acham na posição de não serem cobradas! Que isso! Como é difícil! No momento estou cansando. Cada um devia tomar seu rumo, e só se envolver quando estiverem bem, porque ninguém é obrigado a tolerar essas crises de identidade, de humor, ou seja lá o que isso for. Ou também, será que eu que estou intolerante demais?!

terça-feira, junho 15, 2010

Tattoo

Hoje saiu: A medida de amar é amar sem medida. ML, J, J, Z e D.

segunda-feira, junho 14, 2010

Preço

Por que as coisas tem que ter um preço? Pagamos caro demais pra viver! Cansei!!!

domingo, junho 13, 2010

O que deveria ser?

Às vezes, bom, essa palavra permeia vários dos meus posts. Às vezes, porque ela representa exatamente a falta de certeza e o excesso de exceções. Bom, seja lá o que será ou é. Mas o fato é que tenho sentido falta de alguém que eu jamais deveria sentir, vai saber por quê, né? Saber, saber, não é a questão. Ou é? Se for, é porque ainda há um sentimento onde não deveria existir. Uma coisa é fato: Amor e Ódio estão de braços dados. A raiva também caminha lado a lado deles. Que coisa! Como controlar tudo isso? Não sei como. Sonho, ou melhor, tenho pesadelos. Isso não é bom. Não sei como evitar. Mas será que deve ser evitado? Não sei, não há respostas. Ou há e ainda não as encontrei. Queria achá-las o mais rápido possível e encerrar essa condição de gostar do que não tenho mais.

sábado, junho 12, 2010

Vivendo

Vivendo e aprendendo e morremos sem saber. Essa é a mais pura verdade que nos cerca. Será por quê? Motivos com toda certeza devem existir, entretanto nunca saberemos. Vivendo, vemos pessoas tristes, alegres, mutantes e confusas. Todas elas acabam tendo um pouco de todos nós, e não adianta dizermos que não, mas é isso que acontece a todo o momento. O que criticamos nos outros, às vezes, é nosso próprio reflexo no espelho, mas falar de nossos defeitos é difícil, então melhor ver no outro do que na gente. Não gosto de ver as pessoas tristes, inquietas, confusas, mas, às vezes, não entendemos e nem sabemos como lidar com tudo que acontece. Mas saibam, amigos, vocês, podem contar comigo nos momentos mais fracos da vida de vocês, e se eu no momento mais frágil da minha vida, esconder-me de vocês, saibam que essa sou eu.

quinta-feira, junho 10, 2010

Chorar


Chorar, isso tem perdurado. Mas, não é para ser assim. Deve ser diferente. Entretanto, não tem como parar, chorei ontem, hoje, agora e devo chorar daqui a pouco. Por que será? Às vezes, é porque tem que ser. Mas como parar? É para parar? Não acho respostas, nem sei o que fazer... Apenas choro.

domingo, junho 06, 2010

Esconder

Por que as pessoas se escondem umas das outras? No fundo estão escondendo delas mesmas, fugindo. Será medo de ver a verdade escondida dentro delas? Que covarde são essas pessoas! Saia, mostre a cara limpa, não se esconda nem de você e nem dos outros! Uma hora, as verdades, as mentiras se entrelaçam e nem se sabe ao certo do que se vive!

Amizade


Às vezes, temos que ir longe pra encontrar um passageiro pro nosso trem. Quanto mais longe, maior pode ser a surpresa, ou não. Pois é, tive que sair do estado pra encontrar esse passageiro, detalhe ele estava a menos de 20m de mim, e nunca tinha cruzado o meu caminho. Pois é, "passageiro", você me encontrou longe de casa, me viu dormir fora de casa, coisa rara, e nos divertimos juntos. Depois disso, introduziu na minha vida novos passageiros. Um que acabei conhecendo cara a cara sem a sua presença. Outro que veio com você e me conquistou. E o mais novo presente que você, "passageiro", me deu, foi uma amigona, que teve sempre perto, mas nunca tecemos uma amizade próxima, e hoje, vejo o quão importante ela é e o quanto acrescentou na minha vida. Obrigada "passageiro"! Você sabe bem quem tu és, não preciso nem dizer, mesmo longe fez tudo que podia! Essa amigona, depois falo dela em outro post, ela me trouxe presentes também. Aliás, qual dos meus amigos nunca me trouxe um presente? Acho que todos me deram muitos presentes, sem nem sequer saber que davam. Não se preocupem, amigos, todos vocês vão ter pedacinhos nessa história....

quinta-feira, junho 03, 2010

Início


O início desse blog, marca a lembrança de um tempo remoto, um tempo de 1996, que eu tinha mas não tinha mais a minha mãe. Foram dias a fio, com ela viva, mas ela longe de mim, da minha casa, da minha irmã, mas muito perto do meu pai, mesmo sem que ela soubesse que ele estava ao lado dela. Ela estava lá, lá no CTI, daquele hospital, onde meu avó também tinha ido e nunca mais voltado. Onde a minha irmã tinha ido, mas tinha voltado. Era uma dúvida, será que ela ia voltar? Ou não? Enfim, fui duas vezes lá. A primeira vez, foi horrível, ela estava lá, não sabia que eu estava lá. Mas eu a vi, ela ali no CTI, deitada, inerte, muitos aparelhos ligados, uma cor horrível. Uma cena muito ruim. Vi meu pai, ele não era o mesmo mais, ele estava mais magro, mais velho, mas ainda estava vivo e podia falar comigo. E viu o meu desespero. Passei o resto do dia com ele no hospital, depois ele veio pra casa comigo. Alguns dias depois minha mãe foi para o quarto, foi a vez que voltei e a minha irmã também. Mãe estava muito magra, um cabelo feio, não tinha forças para andar, se locomovia com muita dificuldade. Alegrou-se demais em me ver e ver minha irmã, mas ela não parecia mais a minha mãe. Era distante, era como se ela tivesse parado no tempo e eu e a minha irmã não. Foi um nó na garganta vê-la. Mas passei o dia lá. Mais uma vez a minha irmã foi embora e eu fiquei com meu pai. Conheci algumas pessoas que meu pai fez amizade no hospital e no fim do dia vim pra casa, mas não consigo me lembrar como que voltei. Alguns dias passaram, e o telefone da nossa casa tocou, era cedinho, era hora de ir pra aula, e era a minha mãe, ela saiu do quarto e foi ligar pra mim e pra minha irmã. Ali nasceu uma esperança enorme, ela vai voltar, tudo vai ficar bem. Mas esse dia nunca chegava. Um dia me surpreendi meu pai me pegou do nada na casa de uma amiga, na época, eu vivia lá, já que na minha casa as coisas já não tinham tanta graça. O médico mandara meu pai embora e pediu que ficasse com a família, pois aquele podia ser o ultimo dia da minha mãe. Entretanto não foi. Mais alguns dias se passaram e realmente chegou o dia, meu pai dormia em casa, e o telefone tocou, era madrugada, a hora não me lembro mais, dei um pulo da cama quando meu pai abriu a minha porta, já sabia o que era, ele não precisava me falar. Minha irmã também foi acordada. Meu pai se foi para resolver as coisas, e eu e minha irmã ficamos em casa, em pouco tempo nossa casa estava tomada pelos nossos amigos do colégio, que eram nossos amigos de infância, os amigos dos meus pais, que eram nossos tios emprestados, e ai começou o luto. Só me levaram para o cemitério depois do almoço, eu estava apática, não me lembro bem do que estava acontecendo, sei que minhas amigas estavam lá, estavam do meu lado. Enfim, cheguei no cemitério, fui pra a área do velório, não consegui olhar pro meu pai direito, ele estava na beira do caixão, chorando muito, abraçando a minha mãe, queria que eu e minha irmã fizéssemos o mesmo. Mas não fizemos. Era nosso "primeiro" velório, não tínhamos ido no do meu avô. Era tudo muito estranho, só lembro que o pescoço da minha mãe estava torto. Um detalhe, eu e a minha irmã que escolhemos a roupa que nossa mãe seria enterrada, que coisa horrível né? Não me lembro do que senti naquele momento, acho que ainda estava alheia a tudo aquilo. Passei grande parte do velório do lado de fora, ou dentro da parte de repouso, sempre com meus amigos. Não sei se fiz o certo, mas fiquei longe daquela cena que não entendia e não queria aceitar. ,Quando fechou o caixão e íamos pro enterro, não foi nada bom, foi a pá de cal em tudo o fim de tudo. Segui ao lado do meu pai e da minha irmã até o fim, aquele realmente era o fim. E hoje é uma data próxima a esse dia. Tudo terminou no dia 05/06/1996, que data feia. Hoje, me escondi, escondi de mim mesma. Meus amigos e amigas que me perdoem. Não dei conta. Escrever esse post foi dolorido, chorei, mas era necessário, senti vontade. É a vida vencendo o luto ou o luto se fazendo presente na luta da vida.